Culinária Japonesa, de A a Z
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- Categoria: partindo do prato
O crescimento da popularidade da comida japonesa, entre os brasileiros, nos últimos anos, foi sem dúvida espantoso. Que tal falarmos, então, dessa harmonização?
Para começo de conversa, veja como a culinária japonesa e o vinho têm afinidades...
Para o japonês, a cultura gastronômica abrange não apenas os ingredientes e as técnicas culinárias, mas também suas louças, mobiliário, arquitetura, espiritualidade, senso estético... A cultura alimentar japonesa é um reflexo da cultura geral do país. É praticamente um ativo intelectual.
Não é assim também com o vinho? Ele não é reflexo da cultura de um povo? Ele não conversa com espiritualidade e estética? Interessante, não é?
Bom, mas vamos a algumas dicas de harmonização, que vão além do básico:
Um prato variado de sashimis e sushis, os embaixadores dessa cozinha!
Um prato de sashimis variados vai ficar ainda mais especial se servido com um vinho espumante rosé, ou então um Blanc de Noir, espumante produzido somente a partir de uvas tintas, como Pinot Noir e Pinot Meunier. Outras excelentes alternativas são optar por um rosé da Provence, por um branco produzido com a Albariño, ou ainda por um Riesling seco.
Se você não abre mão dos sushis, considere, também, além desses vinhos, um Riesling semi-doce.
Sendo mais específico...
E se você selecionar somente a sua preferência? Então também dá para ser ainda mais específico no vinho. A questão é que as alternativas são inúmeras...
Atum é um excelente peixe para tintos Pinot Noir. Para o salmão, os melhores são os espumantes, e os rosés da Provence. O pargo vai muito bem com um francês Muscadet. Se vai de robalo, harmonize com Albariño ou Pinot Grigio. A cavala, com a pele tostada ao fogo, fica muito bem acompanhada com um Jerez, ou um Riesling doce.
Sushis de camarão ficam ainda mais valorizados com um Chablis, branco da Borgonha à base de Chardonnay. Para ovas de salmão, Champagne. Com polvo, o Vinho Verde se destaca e cresce.
Shimeji e outros cogumelos?
Esse cogumelo, assim como shiitake, têm fama de difíceis na harmonização, mas são extremamente compatíveis com um Pinot Noir, de preferência da Borgonha. Se quiser ler mais dicas para alimentos considerados difíceis, clique aqui.
Tempurás, as frituras clássicas!
Para lidar com essa gordura, procure certa acidez. Espumantes secos, brancos ou rosés. Chardonnay, Sauvignon Blanc, Albariño...
Robatas, os grelhadinhos orientais charmosos...
Os sabores pronunciados das robatas são relativamente familiares para o paladar ocidental, o que faz a harmonização ser um pouco mais intuitiva, para nós.
Para esses espetinhos, procure um francês Beaujolais, ou então Merlot ou Pinot Noir entre os tintos, e Sauvignon Blanc, para quem prefere sempre um vinho branco.
Yakisoba, o macarrão chinês, que o Japão adora!
Se vai de tinto, Pinot Noir. Principalmente se você encontrar um da região de Sancerre. Se vai de branco, Sauvignon Blanc. Mas uma surpresa, nesse caso, é um rosé, não necessariamente muito seco!
Ao desfrutar os prazeres da cozinha japonesa, não é preciso abrir mão do saquê, bebida fermentada tradicional do Japão. Mas não é por falta de sugestão que você vai ficar sem harmonizar essa culinária, com um bom vinho...
Saúde!
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